Matéria escrita por Carolina Muniz para Folha de São Paulo. Leia a matéria na integra neste link.
Ato de corrigir a rota, batizado de ‘pivotar’ por startups, é crucial quando resultado esperado não é atingido
Nem sempre uma ideia de negócio dá certo de primeira. E, aí, o empreendedor tem que se reinventar para buscar novas soluções.
“Não existe mais aquele planejamento todo para abrir uma empresa. A gente aprende fazendo e precisa estar atento ao momento de corrigir a rota”, diz Alessandra Andrade, coordenadora do Faap Bussiness Hub, centro de empreendedorismo da Fundação Armando Álvares Penteado.
Nas startups, fazer essa mudança de rumo chama-se “pivotar”, que vem do termo em inglês “to pivot” (girar).
No futebol de salão, o pivô é o jogador que gira sobre o próprio eixo para achar uma nova chance de ataque. Numa empresa, pivotar é manter a base do negócio e dar uma guinada em outra direção, ao ver que os resultados esperados não foram atingidos.
“Aqui vão quatro práticas infalíveis para melhorar a sua produtividade no campo e economizar dinheiro. Essa dica é valida se tem uma propriedade de mais de 100 hectares e cultiva grãos, cana-de-açúcar, café ou algodão..”
Foi o que aconteceu com a Posher, que nasceu, em abril de 2016, como um aplicativo para levar o serviço de manicures e cabeleireiros à casa dos consumidores. “Estudamos bastante. Tudo apontava que um negócio de economia compartilhada no segmento de beleza teria um mercado bastante grande”, afirma o fundador, Julio Hirose, 45.
Demorou só um mês para que ele e o seu sócio, Frederico Anders, 45, percebessem que, naquele formato, a startup não iria para frente.
Muitas pessoas baixavam o aplicativo, mas poucas contratavam os serviços. E quem chegava a usá-los não repetia.
Para saber o motivo, os dois foram atrás dos clientes. Todos deram a mesma resposta: achavam a ideia legal, mas só recorriam à plataforma em emergências, porque eram fiéis às suas manicures.
Como já haviam investido na criação do aplicativo, os sócios buscaram um novo caminho. Eles tiveram a ideia de oferecer o serviço a empresas, como um benefício a seus funcionários.
A companhia só precisaria ceder um espaço onde os empregados fizessem a unha ou o cabelo sem sair do trabalho, com agendamento e pagamento pelo aplicativo.
A estratégia deu certo. Entraram em contato com duas empresas, que se interessaram pela ideia e serviram de teste para o novo modelo.
Hoje, a Posher trabalha com mais de 200 companhias, na Grande São Paulo, em Campinas, Curitiba e Belo Horizonte. A startup ampliou o leque de serviços, incluindo também estética, massagem, aulas de exercício e idiomas.
Segundo Julio, a startup realiza em torno de 20 mil atendimentos por mês e repassa, em média, 72% aos cerca de 600 prestadores de serviço.
Criada em 2014, a Hisnëk fez virada parecida. Nasceu como clube de assinatura de lanches saudáveis para pessoas físicas e, hoje, oferece programa de bem-estar corporativo.
A contratante paga uma taxa mensal, e seus funcionários podem comprar com desconto uma caixa com 22 produtos e ter acesso a orientação nutricional.
Com a mudança, a previsão de faturamento da startup para três anos cresceu cinco vezes, de acordo com a fundadora, Carol Dassie, 35.
Para fazer a transição, ela conversou com especialistas. “Não é fácil mudar de rota, porque existe a paixão pelo negócio. É importante ouvir pessoas de fora, para ter opiniões sem emoção”, diz.
Além disso, o empresário deve estabelecer desde o início parâmetros para avaliar se o negócio está no rumo certo.
É necessário estabelecer limites de investimento e de tempo para cada objetivo. Por exemplo: em tantos meses, é preciso validar uma hipótese ou conseguir um determinado número de clientes. Se a expectativa não se confirmar, é hora de pivotar.
“Tem empreendedor que fica tentando a mesma ideia por anos, gastando dinheiro, sem sair do lugar”, afirma Luis Franco, gerente de aceleração da Endeavor. O mais importante, diz ele, é ouvir as demandas do consumidor.
No caso da AgriConnected, startup que monitora máquinas agrícolas, conversar com produtores rurais foi decisivo para adaptar o produto às necessidades reais do mercado.
A empresa foi criada no início de 2017 com o intuito de resolver o problema do alto custo de manutenção com maquinário. A ideia foi criar um dispositivo que avisasse qual peça do motor iria quebrar, antes que isso acontecesse.
Ao oferecer a solução, os sócios perceberam que o problema era mais complexo do que imaginavam. Os fazendeiros, na verdade, não tinham controle sobre como as máquinas eram usadas no campo.
Mesmo se a empresa previsse um defeito, a máquina poderia quebrar por outros motivos, em razão do uso inadequado por parte do operador, diz Vitor Zandonadi, 34, um dos fundadores.
A startup desenvolveu, então, um rastreador que vê se a operação do equipamento está sendo feita da forma correta. Com isso, conseguiu reduzir até 60% no custo de manutenção e 30% no consumo de combustível. O novo produto passou a ser oferecido no fim de 2018 e, por enquanto, cinco clientes já o adquiriram.
“Você tem que ficar de olho no que o consumidor quer. Às vezes, ele precisa de uma coisa mais simples do que você pensou, mesmo você achando que sua tecnologia é maravilhosa”, diz Vitor.
Características e funcionalidades
Dispositivo Agri-S
Desenvolvido pela AgriConnected e pronto para ser instalado em qualquer máquina
Conta com antena GPS, antena celular e sensores para captar o movimento das máquinas
Funciona com sinal
GPRS
Pacotes de dados com cobertura Internacional incluso
Plataforma
Agriconnected
Trabalhamos para oferecer informações para você tomar as melhores decisões!
Visualização das operações em tempo real
Mapa de calor da qualidade do serviço
Velocidade, tempo e locais de parada
Horas de atividades e de motor ocioso
Eficiência da operação em ha/h
Área trabalhada
Evolução da operação
Relatórios diversos
Envio de alertas por WhatsApp
Características e funcionalidades
Dispositivo Agri-S
Desenvolvido pela AgriConnected e pronto para ser instalado em qualquer máquina
Conta com antena GPS, antena celular e sensores para captar o movimento das máquinas
Funciona com sinal GPRS
Pacotes de dados com cobertura Internacional incluso
Plataforma
Agriconnected
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Visualização das operações em tempo real
Mapa de calor da qualidade do serviço
Velocidade, tempo e locais de parada
Horas de atividades e de motor ocioso
Eficiência da operação em ha/h
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Evolução da operação
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